O inicio profissional de Oscar Maroni Filho é tão incomum quanto ele. Depois de se formar em Psicologia, foi professor no próprio Objetivo e abriu um consultório. Lá, teve entre pacientes um rapaz com ejaculação precoce, que foi tratado depois de algumas sessões em endereços de relax for men. Foi isso que levou Oscar a considerar o universo do entretenimento para adultos.

Seu estilo de vida excêntrico e sua personalidade impositiva favoreceriam sua performance. Não deu outra. Ele chegou ao topo, sem abrir mão de nada, seguindo uma filosofia que celebra as coisas boas da vida. É daqueles raros seres humanos que falam exatamente o que pensam. "Sou um homem exótico e é justamente o lado exótico dos meus empreendimentos que atrai a atenção dos clientes", diz ele. "Jamais faria um clube noturno comum, um hotel comum uma fazenda comum ou uma revista comum. Todos os meus projetos fogem do normal, do padrão, da rotina".

Pelo arrojo empresarial e sua língua afiada, Oscar Maroni filho foi perseguido por um delegado e, em 1998, ficou preso 63 dias. Motivo alegado: o funcionamento do Bahamas Club seria incompatível com os ritos da sociedade brasileira. Seus advogados provaram que não havia nada de ilegal ali, e Oscar ganhou na justiça todos os processos contra ele. "Ficou provado que eu nunca deveria ter perdido minha liberdade. Não era, e não sou, um vilão. Fui, isso sim, uma vitima", afirma Oscar.

É justamente a liberdade de pensamento que ele defende arduamente. "Uma democracia não é feita de convergência de idéias e sim de divergência de idéias". Eis um sujeito que sabe o que não quer para si, segue fielmente o lema: “Divirjo, logo existo.”